Quem mandou matar Marielle Franco? Há quatro anos, esperamos essa resposta. Marielle, feminista negra, mãe, bissexual, criada na favela da Maré, no Rio de Janeiro. Socióloga, ela foi a quinta vereadora mais votada. Ativista incansável pelos direitos humanos e aliada das lésbicas.

Foi de sua autoria o chamado “PL da Visibilidade Lésbica”. Construído em conjunto com os movimentos sociais, como a Liga Brasileira de Lésbicas, a Articulação Brasileira de Lésbicas e a Casa Nem, a proposta previa a inclusão do Dia da Visibilidade Lésbica no calendário oficial da cidade. Em 2017, durante o mês de agosto, quando se comemora a Visibilidade Lésbica, o projeto foi rejeitado por uma diferença de dois votos.

Marielle também lutou contra a militarização da cidade – tema que pesquisou durante o mestrado. Disso resultou a dissertação “UPP – a redução da favela a três letras”.

Sua existência representava uma ameaça direta ao patriarcado e ao racismo. Não à toa, sua execução e do motorista Anderson Gomes, que hoje completa quatro anos, segue sem explicação.

Hoje, reverenciamos a memória dessa notável ativista e nos somamos às organizações de direitos humanos, aos familiares, amigos e ativistas que exigem resposta.