O feminismo também é uma luta das lésbicas

Neste 8 de março, o Arquivo Lésbico Brasileiro (ALB) lembra que as lésbicas sempre estiveram no movimento feminista, mesmo quando suas demandas não eram reconhecidas. Especialmente a partir da década de 1970, as lésbicas trouxeram contribuições importantes. Evidenciando a heterossexualidade como sistema político e não uma condição natural, por exemplo, elas apontaram que o pressuposto de que todas são heterossexuais contribuía para a falta de autonomia sobre o próprio corpo, para a obrigatoriedade do casamento e da maternidade.

Lésbicas também ajudaram a construir a visão de que a luta contra as opressões de gênero é apenas parte de uma ampla transformação social. Nomes como Angela Davis, Audre Lorde, Cheryl Clarke e Gloria Anzaldúa são exemplos de ativistas que articulam sua lesbianidade e seu feminismo às questões de classe e raça.

Apesar dos avanços, ainda seguimos alvo. Alvo da discriminação no trabalho, da violência física e sexual, da falta de assistência médica adequada. Enquanto persistirem essas questões, estaremos em luta, como sempre estivemos. No 8 de março, as lésbicas também resistem.